Introdução
O
pentatlo moderno é uma modalidade olímpica composta de cinco disciplinas
diversas: tiro de pistola de ar comprimido, sendo 20 tiros a 10 metros do alvo,
esgrima de espada com um toque em sistema de poule única (todos contra todos), na natação uma prova de 200
metros livres, hipismo com uma prova de salto em que os animais são sorteados e
a prova de corrida de 3000 metros em terreno misto, disputadas nesta ordem em
um único dia.
Oriundo
do pentatlo grego (composto de corrida, salto em distância, lançamento de
dardo, lançamento de disco e luta), foi idealizado pelo Barão Pierre de
Coubertin para ser um esporte que, a exemplo dos Jogos Olímpicos da Grécia
Antiga, exaltava o atleta completo, dando origem, nos Jogos Olímpicos da Era
Moderna, em 1912, ao Pentatlo Moderno, daí o nome “Moderno”.
O
esporte foi criado por razões simbólicas (como simbolicamente existem cinco
aros e cinco continentes), mas também porque o Barão Pierre de Coubertin,
queria um ideal de atleta completo. Ao imaginar a prova de Pentatlo Moderno,
descreveu-a como uma forma de “testar as
qualidades morais do homem, suas potencialidades físicas e habilidades motoras,
produzindo com isto o ideal do atleta completo” (arquivos da União
Internacional de Pentatlo Moderno). Da mesma forma que Aristóteles testemunhou
nos tempos antigos: “Os esportistas mais
perfeitos, são os pentatletas, porque em seus corpos força e velocidade estão
combinadas em perfeita harmonia” (arquivos da União Internacional de Pentatlo
Moderno).
Tal
complexidade e variedade entre as diversas modalidades fazem com que seja
necessário ter os locais de treinamento próximos uns dos outros, para otimizar
o tempo disponível para treinamento, a exemplo dos países com grande tradição
em Campeonatos Mundiais e Jogos Olímpicos como Itália, Hungria, Rússia e
Polônia.
Para
o desenvolvimento da modalidade, torna-se necessário prospectar atletas jovens
junto às escolas e à comunidade, como qualquer outro esporte. Sendo que para
uma modalidade tão complexa e desconhecida no Brasil, é necessário que sejam
então oferecidas e criadas condições favoráveis à prática para os atletas em
potencial.
O
modelo adotado hoje no Brasil busca nadadores que não são necessariamente de
ponta, na faixa de 16 a 18 anos, para ensinar-lhes as outras modalidades. Isto
é baseado em modelos de outros países, que buscam na natação estes valores. A
diferença é que nestes países onde o esporte está mais arraigado na cultura, a
formação dos alunos inicia mais cedo e está a cargo de professores que visam
desenvolver o pentatlo moderno, sendo encaminhados aqueles alunos que com 10 a
12 anos já estão nadando com desenvoltura e tem na variedade de habilidades
motoras, talento em várias valências físicas seu ponto forte, além da
curiosidade que o esporte desperta nas pessoas.
No
Brasil, quando o atleta inicia a prática do pentatlo moderno, ele deseja que em
um curto espaço de tempo, esteja em nível de competição. Isto muitas vezes
acontece, mas é enganoso. Quando o especialista em uma modalidade qualquer das
que compõem o pentatlo moderno analisa as melhores marcas, acha muito fácil.
Porém, a realidade mostra–se completamente diferente, pois evidentemente ele
deixa de treinar na mesma intensidade com que se dedicava a uma prova, e começa
a aprender e treinar mais quatro. De uma maneira geral, se o sujeito tem um bom
biatlo moderno (natação e corrida acima de 2300 pontos), o desempenho dele em
nível nacional, pode até ser bom e o atleta atingir boas marcas, mesmo que não
tenha experiência com os outros esportes. Em pouco tempo, consegue entrar na
zona de pontuação, podendo fazer em torno de 800 pontos por prova no tiro,
esgrima e equitação e em média, estará fazendo 4700 pontos. Porém, existe um
momento que ele deixa de progredir pois falta embasamento técnico.
Muitos
atletas campeões Mundiais e Olímpicos foram de seleções nacionais juvenis e
adultas em seus países, principalmente de esgrima na prova de espada. Por
exemplo, Lázsló Fábián da Hungria e Joel Bouzou da França foram campeões
mundiais e Olímpicos nos anos 80 e membros de suas equipes nacionais de espada
juvenil. Desta forma ou se inicia uma formação com as provas do pentatlo moderno
ou não é possível se pensar em resultados internacionais a curto prazo. Os
exemplos recentes brasileiros confirmam esta assertiva, tendo em vista que o
único Brasileiro a obter índice para os Jogos Olímpicos de Atenas em 2004,
iniciou com pouco menos de 14 anos na modalidade, é o primeiro lugar no ranking
brasileiro e está entre os 10 no ranking de espada da Confederação Brasileira
de Esgrima. O Brasil não envia atleta desde os Jogos Olímpicos de Tóquio em
1964.
No
novo formato “de competição em um dia” com final da corrida por “handicap” (a
diferença em pontos é traduzida em tempo na última prova, a corrida), tem
resultado em um melhor entendimento por parte dos espectadores. Em Sydney, as
provas masculinas e femininas foram assistidas por mais de 16.000 espectadores
em cada dia do programa do pentatlo moderno. Atualmente o pentatlo moderno
vende todos os ingressos. Müller e Messinger (2002) realizaram uma pesquisa com
espectadores e estes apontaram os principais motivos para assistirem e
admirarem os pentatletas:
- porque a compra de um
ingresso dá direito a cinco esportes e pode ser visto completamente;
- porque as pessoas tem
admiração aos atletas com múltiplos talentos ao invés de especialistas;
- porque a vitória está em
aberto até o fim, configurando um forte espírito de competição;
- pelo maior senso
de fair play em relação a outros esportes e também porque os atletas não estão
imbuídos em obter recompensa financeira como em outros esportes.
Objetivos
Os
objetivos de um Centro de Desenvolvimento de Pentatlo Moderno são formar e
manter escolas desportivas das modalidades constitutivas do PM para a
comunidade em geral, comunidade escolar, para portadores de necessidades
especiais e para idosos. Formar e manter uma estrutura de treinamento para atletas
de alto nível, integrantes das equipes nacionais do Brasil em todas as
categorias. Promover em conjunto com Escolas de Educação Física e CENESPs a
pesquisa científica, permitindo a realização de estudos dentro das atividades
diárias do Centro de Desenvolvimento. Promover a difusão do conhecimento, o
intercâmbio e a capacitação dos profissionais envolvidos. Incorporar estudantes
de graduação e pós-graduação nos seus programas. Promover o desenvolvimento
cultural com oficinas de artes, teatro, dança, música e línguas, bem como a
preservação ambiental.
Este modelo de desenvolvimento do desporto está de acordo
com a legislação pertinente, fazendo com que abarque todas as formas de
manifestações desportivas, o desporto educacional, de participação e de
rendimento, previstas na Lei 9615 de 24 de março de 1998 que institui normas
sobre os desportos.
Bases para a
criação de um Centro de Desenvolvimento de
Pentatlo Moderno
O
pentatlo moderno traduz bem o “espírito olímpico” e o “fair play”. É comum após
as competições, os atletas, técnicos e dirigentes confraternizarem na “sexta prova”.
Um
dos princípios fundamentais inserido na Carta Olímpica, manifesta em seu
segundo princípio que:
“O Olimpismo é uma
filosofia de vida, que exalta e combina de forma balanceada todas as qualidades
do corpo e da mente. Mesclando o esporte com cultura e educação, o Olimpismo
busca criar uma forma de vida baseada no esforço da busca do prazer, dos
valores educacionais de bons exemplos e respeito aos fundamentos universais dos
princípios éticos”.(Carta Olímpica, COI, 2003)
O pentatlo moderno é um esporte educacional.
Este era o desejo primário de seu criador. Um esporte completo na parte física
– natação e corrida sendo modalidades básicas; na parte mental o tiro - requer
um controle do estresse e um controle preciso dos movimentos; na parte
intelectual a esgrima – onde a adaptabilidade e inteligência são fundamentais;
e a equitação, onde com um cavalo desconhecido é necessário adaptar-se,
profundo auto-controle e coragem.
A União Internacional de Pentatlo Moderno tem
desenvolvido uma política de “educação através do pentatlo moderno”, com a
promoção de diversas atividades para crianças, visando a divulgação da
modalidade e promovendo a prática de atividades físicas.
Uma
das atitudes comuns no pentatlo moderno, mesmo no alto nível, são as
manifestações de fair play informal. Na equitação por exemplo, atletas e
treinadores de países ou equipes distintas comentam sobre a qualidade e os
procedimentos para montar o cavalo sorteado que tenha sido montado por outro
atleta da equipe adversária. São coisas que em outros esportes já são mais
raras. Em competições não é raro ver atletas emprestando material para outros.
Nos
últimos quinze anos não se tem notícia de pentatleta moderno ser flagrado por
uso de substâncias proibidas. Com o advento das provas em um único dia,
torna-se impraticável um atleta fazer uso de substâncias que o façam melhorar
sua performance, tendo em vista a disparidade das características das provas
que o compõem.
Avaliação Física
A Avaliação Física é um processo pelo qual, utilizando-se as
medidas de testes de aptidão física, pode-se subjetiva e objetivamente exprimir
e comparar critérios da condição física do atleta. Por fornecer elementos da
condição física, a avaliação auxilia na construção e na reavaliação de um
programa de treinamento direcionado para as necessidades e objetivos do atleta,
tornando-se um aliado na efetivação do treinamento do atleta de Pentatlo
Moderno.
A proposta da avaliação física buscará atingir os seguintes
critérios:
-
avaliar o estado do atleta ao iniciar o programa de treinamento;
-detectar deficiências do atleta, permitindo
uma orientação no sentido de superá-las;
-
impedir os mecanismos fisiológicos de overtraining
durante o período de treinamento;
-
acompanhar o progresso do atleta;
-
discutir as deficiências do atleta com
os técnicos e/ou treinadores procurando solucioná-las e dinamizar os trabalhos;
-
estabelecer e reciclar o programa de treinamento;
-
desenvolver e interagir novos conhecimentos do esporte entre os profissionais
da área do Pentatlo Moderno;
-
acompanhar o processo de crescimento e desenvolvimento dos atletas.
Há pelo menos três formas de avaliar a proficiência no
desempenho do Pentatlo Moderno: por meio da observação do desempenho, do uso de
escalas de avaliação e de testes de habilidades motoras.
A forma mais óbvia de avaliação é observar uma competição
real. Desta observação, registram-se informações subjetivas e objetivas da
competição. Em alguns casos, estatísticas da competição são utilizadas
isoladamente ou em combinação com outras informações para avaliar a
proficiência em habilidade.
O uso das escalas de avaliação ajuda a objetivar a
observação, fornecendo critérios de desempenho específicos. Os critérios das
escalas de avaliação enfocam o processo, a forma ou uma combinação de processo
e produto. A escala de avaliação pode ser uma lista de verificação, uma escala
numérica, descritiva ou gráfica.
Os testes de habilidades motoras também poderão ser usados
para avaliar a proficiência do atleta de Pentatlo Moderno. A característica
destes testes é que normalmente modificam o ambiente usual da competição com o
objetivo de padronizar as condições sob as quais cada atleta realiza a
habilidade.
Usando-se
estas formas de avaliação do desempenho, espera-se realizar diagnósticos
sistemáticos da performance do atleta, obter prognósticos que possibilitem
captar jovens atletas e estabelecer proficiências que descrevam as capacidades
dos atletas de Pentatlo Moderno.
Fonte de Recursos e funcionamento
De acordo com o Relatório de Prestação de contas do COB –
2002, os recursos provenientes da Lei Agnelo/Piva, tem como algumas das
funções, justamente a criação, adaptação, construção, instalação, administração
e manutenção de unidades como Centro Olímpico de Desenvolvimento de Talentos e
Centros Olímpicos de Alto Rendimento.
Na área de formação de recursos humanos, é possível
disponibilizar recursos para participação em simpósios, seminários sobre
esporte e medicina esportiva e antidoping, no Brasil e no exterior e formação
de especialistas na área esportiva(COB,2002). No Rio Grande do Sul está em fase
final para ser implementado um programa de Especialização Lato Sensu em
Treinamento Desportivo com ênfase em Pentatlo Moderno.
Para as modalidades Olímpicas, estes recursos podem ainda
ser disponibilizados para o planejamento e execução dos projetos de
desenvolvimento das modalidades desportivas, criação de equipes olímpicas
permanentes com o programa de manutenção aos atletas e a contratação de comissões
técnicas remuneradas(COB, 2002).
Contar apenas com estes recursos não é suficiente, de forma
que é necessário buscar outros mecanismos para suprir o funcionamento deste
modelo.
Segundo
a lei 9615 de março de 1998, em seu artigo 84º com nova redação dada pela Lei
9981 de 14/07/2000, é possível se buscar nas administrações públicas
municipais, estaduais e federais, profissionais que possam ser deslocados para
Centros deste tipo, tendo que haver controle por parte da comunidade, de forma
a serem atendidas todas as suas demandas. Desta forma diminui-se o custo com
pessoal.Para tanto torna-se obrigatório que as equipes de alto rendimento
estejam funcionando nestes locais. Têm-se desta forma uma equação ótima, pois
temos os modelos, ídolos, fazendo seu treinamento ao lado dos iniciantes. A
Confederação Brasileira de Handebol tem muitos de seus técnicos convocados
desta forma, não havendo custos para a mesma e os funcionários públicos
cumprindo com suas obrigações funcionais.
Art.
108. Será considerado como efetivo exercício, para todos os efeitos legais, o
período em que o atleta servidor público civil ou militar, da Administração
Pública direta, indireta, autárquica ou fundacional, estiver convocado para
integrar representação nacional em treinamento
ou competição desportiva no País ou no exterior.
§ 1º O
período de convocação será definido pela entidade nacional da administração da
respectiva modalidade desportiva, cabendo a esta ou aos Comitês Olímpico e
Paraolímpico Brasileiros fazer a devida comunicação e solicitar ao INDESP a
competente liberação do afastamento do atleta ou dirigente.
§ 2º O
disposto neste artigo aplica-se, também, aos profissionais especializados e dirigentes, quando indispensáveis à
composição da delegação.
Segundo o Relatório do COB (2002), existem 19 modalidades
com Centros de Treinamento de Alto Rendimento no país (de um total de 41
modalidades olímpicas), porém quando são analisados os dados fornecidos pelas
Confederações, este número baixa para 17. Veja quadro 1 abaixo:
Que informações a comunidade esportiva e científica tem
sobre estes Centros? Que tipo de trabalho está sendo desenvolvido? Que
experiências positivas ou negativas poderiam estar sendo trocadas, para que
erros fossem evitados e sucessos compartilhados? Que modelo de desenvolvimento
esportivo queremos e desejamos para este país? Estamos no caminho certo?
Conhecemos algumas iniciativas bonitas e interessantes. Como
a canoagem no Pará, que rendeu um campeão pan-americano juvenil. As competições
de tiro com arco com populações indígenas. Mas é necessário que sejam relatadas
estas iniciativas. Comunicar à sociedade, pois os recursos provenientes da lei
Agnelo/Piva são públicos. O saber das Universidades deve estar a serviço do
desenvolvimento do esporte, sair para fora de seus muros e o saber prático dos
treinadores, muitas vezes se baseando apenas no ”feeling”, também contribuir
para a disseminação do conhecimento.
CENTROS DE TREINAMENTO
|
||
Modalidade
|
Dados gerais do COB
|
Dados específicos fornecidos pelas
Confederações
|
Atletismo
|
COB assinala
|
Não há indicação de local
|
Badminton
|
COB assinala
|
Paraná e Rio de Janeiro
|
Beisebol
|
COB assinala
|
Não há indicação de local
|
Boxe
|
COB assinala
|
Santo André e outras
|
Canoagem-
slalom
|
COB assinala
|
Tibagi – SP
|
Canoagem-
velocidade
|
COB assinala
|
Tibagi – SP e Bahia
|
Ciclismo
-pista
|
COB assinala
|
Não há indicação de local
|
Esgrima
|
Não
|
Convênio com entidades militares
|
Futebol
|
COB assinala
|
Não há indicação de local
(Teresópolis – RJ)
|
Ginástica
Artística - FEM
|
COB assinala
|
Curitiba
|
Ginástica
Artística -masc
|
COB assinala
|
Brasília
|
GRD
|
COB assinala
|
Porto Alegre, Vitória e Aracaju
|
Levantamento
de Peso
|
COB assinala
|
Univ. Federal de Viçosa
|
Pentatlo
Moderno
|
Não
|
Estão no relatório 3 centros, mas não
existem
|
Remo
|
COB assinala
|
Campos – RJ
|
Saltos
ornamentais
|
COB assinala
|
Rio de Janeiro
|
Taekwondo
|
COB assinala
|
Não há indicação de local
|
Tênis
de mesa
|
COB assinala
|
Piracicaba – SP
|
Tiro
com Arco
|
COB assinala
|
Não há indicação de local
|
Tiro
esportivo
|
COB assinala
|
Convênio com entidades militares
|
Triathlon
|
Não
|
Florianópolis
|
Vela
|
COB assinala
|
Bases em Porto alegre, São Paulo, Rio
de Janeiro e Búzios e ainda uma base de apoio na Itália
|
Vôlei
de Praia
|
Não
|
Centros para jovens promessas – sem
especificar local
|
Voleibol
|
Não
|
Saquarema– RJ (utilização do CCFEx)
|
Quadro 1: Comitê
Olímpico Brasileiro. Lei Agnelo/Piva –
Prestação de Contas Técnica e Financeira. 2002.
Considerações Finais
Para que sejam atingidos todos os objetivos propostos, é
necessário uma equipe multidisciplinar composta por profissionais de educação
física para as escolinhas e equipes competitivas, nutricionistas, psicólogos,
fisiologistas, professores para as atividades paralelas de artes, teatro,
dança, música, línguas, preservação ambiental, apoio de funcionários, etc.
Criação de espaços como hortas, bibliotecas, salas de vídeo, de estudo e de
leitura com apoio pedagógico.
Acreditamos que este projeto tenha grandes motivos para dar
certo em centros universitários, buscando-se a interdisciplinaridade entre os
diversos cursos. Desde cursos como Administração, Jornalismo, Relações
Públicas, Propaganda, Ciências Sociais, Assistência Social, Educação Física,
Psicologia, Nutrição entre outros.
Com o apoio da comunidade local, de Clubes de Dirigentes
Lojistas ou SESC, é possível inserir e dar opção de vida com qualidade para
muitas pessoas de todas as classes socias e idades distintas. O esporte é livre
de preconceitos. É possível se unir o esporte de competição com o esporte de
lazer, educacional, para portadores de necessidades especiais e para idosos.
Esperamos um dia tornar realidade um projeto destes.
O pentatlo moderno possui profundas raízes Olímpicas, uma
árvore da vida que se mantém firme ante as mais fortes tormentas. Através de
seus valores simbólicos, de seu papel de conter em um esporte todos os valores
de diferentes esportes dos Jogos Olímpicos. Equivale à láurea da vitória dos
Antigos Jogos.
O que move os amantes deste esporte tem a ver apenas com os
valores do Olimpismo, do qual o pentatlo moderno está no centro. Necessitamos
nutrir este esporte quase centenário para as futuras gerações neste mundo de
rápidas transformações onde a juventude tem uma profunda necessidade de valores
permanentes para que entenda melhor o mundo ou simplesmente para ser saudável e
feliz.
Referências
BELÉM,
Cristiano Meiga. Fair play e ética no
esporte – Avaliação da moral desportiva e dos valores do espírito
desportivo/fair play nas aulas de educação física nas Escolas Agrotécnicas
Federais. Rio de Janeiro,
Universidade Gama Filho, 2001. (Dissertação de Mestrado).
COMITÊ OLÍMPICO BRASILEIRO. Lei
Agnelo/Piva – Prestação de Contas Técnica e Financeira. 2002. Rio de
Janeiro, 2002.
COMITÊ
OLÍMPICO INTERNACIONAL. Carta Olímpica. Lausanne, IOC, 2003.
FEDERACIÓN
MEXICANA DE PENTATLÓN MODERNO. Manual del
entrenador de pentatlón moderno. Cidade do México: ed. CONADE, 2000.
MÜLLER, N e MESSING, M. Sydney 2000 – From the spectators’
perspective. Olympic Review, jun-jul, p. 5., Lausanne, IOC, 2002.
MÜLLER, Ademir. Em busca de uma base para o Esporte Olímpico:
política pública e gestão da Educação Física, do Esporte e do Lazer no Brasil.
In: TURINI , M e DaCOSTA, L. Coletânea de
textos em estudos olímpicos. v. 1, p. 452-471. Rio de Janeiro: ed. Gama
Filho, 2002.
TURINI, M. Estudo Exploratório – 1999.
Avaliação do fair play na IV Olimpíada do SENAC em Irajá , RJ. In: DaCOSTA, L.
P. e HATZIDAKIS, G.S. (org.). Estudos
Olímpicos 2001, p.10-15, São Paulo: UNIVERSIDADE BANDEIRANTE DE SÃO PAULO,
2002.
Como referenciar
este artigo:
CASTILLO, R.;
SANT’ANNA, M.; BITTENCOURT, I. Proposta de um Centro de Desenvolvimento de
Pentatlo Moderno. In: IV Fórum Olímpico/Academia Olímpica Brasileira, 2003.
IV Fórum Olímpico. Curitiba: Academia Olímpica Brasileira, 2003, p. 107.